OSSO DA BALEIA

videoarte / videoart

DEVIR &
FragmentAÇÃO
Becoming & Fragmentation
sobre / about
“Havia uma casa ao fundo do jardim, uma casa meio arredondada  com um telhado escuro e desproporcional. Essa casa servia para guardar madeiras, mangueiras, enxadas velhas e mais alguns utensílios enferrujados. Ela era também um lugar secreto, um esconderijo, um abrigo de portas fechadas. Essa casa, entendi mais tarde, era um espaço de contemplação, de silêncio e de calma. Um lugar que ganhava uma dimensão astronômica, galáctica, que se afastava cada vez mais e mais para o canto do jardim e que crescia mais e mais para cima.”
(Texto de Bárbara Cordeiro)


"There was a house at the end of the garden, a rounded house with a dark, disproportionate roof. This house was used to store wood, hoses, old hoes and a few other rusty tools. It was also a secret place, a hiding place, a shelter with closed doors. This house, I later realised, was a place of contemplation, silence and calm. A place that took on an astronomical, galactic dimension, which moved further and further into the corner of the garden and grew higher and higher."
(Written by Bárbara Cordeiro)

ficha artística / credits

Bárbara Cordeiro e Walesca Timmen
Conceito / Concept


Bárbara Cordeiro
Performance / Performance

Walesca Timmen
Vídeo + Edição + Paisagem Sonora / Video + Editing + Soundscape
Deleuze nos fala de uma identidade que não é fixa, mas múltipla e em constante devir. A identidade é vista como um processo dinâmico: os espaços, o tempo, o corpo em constante transformação, em constante movimento.

Em um cenário de praia o corpo humano é retratado sempre sem a cabeça, que permanece intencionalmente oculta. A ausência da cabeça subverte a percepção convencional de identidade e provoca outras reflexões de “ser”.

osso da baleia é um convite para resistir à aceleração, uma provocação para contemplar a arqueologia dos espaços e pensar na multiplicidade do corpo.

Da ausência de partes do corpo emergem brechas a serem preenchidas por quem observa, emerge um corpo fragmentado. Das brechas crescem novos inícios, diferentes recortes de folhas, múltiplos seres.
osso da baleia apela à necessidade de lugares de refúgio como a casa arredondada, lugares de contemplação, lugares de escuta, lugares onde se construam diálogos entre identidade e presença.
Deleuze tells us about an identity that is not fixed, but multiple and in constant becoming. Identity is seen as a dynamic process: spaces, time, the body in constant transformation, in constant movement.

Here in a beach scene, the human body is always portrayed without the head, which remains intentionally hidden. The absence of the head subverts the conventional perception of identity and provokes other reflections on "being".

osso da baleia (Whalebone) is an invitation to resist acceleration, a provocation to contemplate the archaeology of spaces and think about the multiplicity of the body.

From the absence of body parts, gaps emerge to be filled by those who observe, a fragmented body emerges. From the gaps grow new beginnings, different cut-outs of leaves, multiple beings.
osso da baleia calls for the need for places of refuge like the round house, places of contemplation, places of listening, places where dialogues between identity and presence can be built.

exposições / exhibitions

MVV | Mostra de Vídeo ao Vivo. Theatro Treze de Maio, Santa Maria, Brazil.

other works